Ou deveria dizer que me mudei. Entenda-se como quiser. Mero endereço ou localização geográfica ou mesmo os tijolos e paredes da minha construção. Assim resolvi voltar. Hoje fica esse texto antigo, tão antigo quanto a vontade do retorno...
“Vestiu-se de flor e pôs-se a suspirar”.
Dizer que ele tinha pernas em seu pensamento não seria descrição de plena justeza.
Ou que tinha braços se não dissesse que neles cabem todas as coisas...
Alado... E assim a carregava para tão longe que ela nem lembrava mais de voltar.
Ainda mais injusto então chamar de perdidos os olhos que se encontram mais e mais a cada pulso soluçante de seu respirar...
Ai da espera que espera! Ai do desejo que nunca finda!
Respirando transitoriedade...
E já nem sabe mais sentir aquela que se vestiu de flor.
Nuca soube dizer e deveria.
Pois só, sozinho, somente...
Era para dizer-se só.