Nem Fim nem Começo. Assim ele é. Assim este texto sem começo o valha nem fim o arremende, mas diz ele, que essas pretensões são para os limitados... Que seja então...
Conheci outro dia o Afredo. (Dado irrelevante?)
Diria que esquisito demais para que eu simpatizasse sem pretextos, interesses ou afins (Questionamentos sobre os “afins” incabíveis!!!).
Descreve-lo? Seria previsível cair na vala comum das descrições óbvias, mas fugir dos estereótipos nunca foi meu forte (e até tenho os meus, podem acreditar! Da classificação “rasa” e “superficial” até a “complexa” e “profunda”.... Vá se entender uma coisa dessas!). Nada mais do que moreno, alto (Não... “bonito e sensual” vai estragar a imparcialidade!), roupa que faltavam ser passadas, óculos caídos por baixo de um cabelo desgrenhado que merecia um bom corte, entre outros modos que prefiro deixar por conta do “imaginante”...
O vi pela primeira vez, (ou assim lembro a primeira vez que o notei), estava dedicado a intensa fabricação de aviões de papel, jatos, concordes... Dirigidos à mesa de cabeceira, que imagino, fosse seu “Porta Aviões” particular invadindo um país inimigo qualquer...
Ao lado da sua cadeira marrom puída deitava-se sempre preguiçosamente o Fred, seu labrador com cara de desinteresse pelo mundo enquanto dormitava lambendo sonhos caninos saborosos. Por vezes levantava o focinho para ouvir as conversas labirínticas dos amigos dos seus donos, sempre cheia de palavras com mais de três sílabas... (Porque vocês sabem, filosofia que se preze não pode ser explicada com monossilábicos... Eu sei, eu sei...) Talvez esse fosse o motivo de Fred dormir tanto... Causava-lhe imenso tédio... Horas e horas de uma complexidade sem razão. Se alguém lhe perguntasse algo responderia entre um bocejo preguiçoso e outro tudo o que precisavam saber em duas latidas.
Alfredo estava sempre à beira do fim. “Conclusões infinitas”, por mais que isso pareça paradoxal. Todos os dias era o último dia que fumava, e o último cigarro, e talvez por isso tivessem adesivos de nicotina espalhados e colados por todo lugar. Talvez por isso segurasse um cigarro apagado entre os dedos, por que dizia assim enganar a si próprio, e eu no cumulo do meu auto-engano pensando que isso não era possível...
Diria que esquisito demais para que eu simpatizasse sem pretextos, interesses ou afins (Questionamentos sobre os “afins” incabíveis!!!).
Descreve-lo? Seria previsível cair na vala comum das descrições óbvias, mas fugir dos estereótipos nunca foi meu forte (e até tenho os meus, podem acreditar! Da classificação “rasa” e “superficial” até a “complexa” e “profunda”.... Vá se entender uma coisa dessas!). Nada mais do que moreno, alto (Não... “bonito e sensual” vai estragar a imparcialidade!), roupa que faltavam ser passadas, óculos caídos por baixo de um cabelo desgrenhado que merecia um bom corte, entre outros modos que prefiro deixar por conta do “imaginante”...
O vi pela primeira vez, (ou assim lembro a primeira vez que o notei), estava dedicado a intensa fabricação de aviões de papel, jatos, concordes... Dirigidos à mesa de cabeceira, que imagino, fosse seu “Porta Aviões” particular invadindo um país inimigo qualquer...
Ao lado da sua cadeira marrom puída deitava-se sempre preguiçosamente o Fred, seu labrador com cara de desinteresse pelo mundo enquanto dormitava lambendo sonhos caninos saborosos. Por vezes levantava o focinho para ouvir as conversas labirínticas dos amigos dos seus donos, sempre cheia de palavras com mais de três sílabas... (Porque vocês sabem, filosofia que se preze não pode ser explicada com monossilábicos... Eu sei, eu sei...) Talvez esse fosse o motivo de Fred dormir tanto... Causava-lhe imenso tédio... Horas e horas de uma complexidade sem razão. Se alguém lhe perguntasse algo responderia entre um bocejo preguiçoso e outro tudo o que precisavam saber em duas latidas.
Alfredo estava sempre à beira do fim. “Conclusões infinitas”, por mais que isso pareça paradoxal. Todos os dias era o último dia que fumava, e o último cigarro, e talvez por isso tivessem adesivos de nicotina espalhados e colados por todo lugar. Talvez por isso segurasse um cigarro apagado entre os dedos, por que dizia assim enganar a si próprio, e eu no cumulo do meu auto-engano pensando que isso não era possível...
Ontem lembro que ele disse algo imprescindível, como todos os “algo” que ele tem a dizer depois de minutos intermináveis de silêncio e três jatos de A4 depois. Uma frase de Oscar Wilde me confidenciou no final...
“You’re not young enought to know everything”